ESCRITÓRIO DO CRIME

Condenado a 150 anos por assassinatos e estupros no Ceará pode ir para regime semiaberto 5v4227

Sua defesa sustenta que ele nunca teve direito a saídas temporárias e que já cumpriu o tempo legal para avançar no processo de ressocialização 2l1a4p

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13 de junho de 2025
Portal GCMAIS

O ex-bancário e comerciante Sérgio Brasil Rolim, condenado a 150 anos e 6 meses de prisão por estupros e assassinatos de mulheres no Ceará, conquistou na Justiça o direito a progressão de regime e poderá ir a regime semiaberto, após 23 anos de reclusão. Rolim é apontado como líder do grupo conhecido como “Escritório do Crime”, que aterrorizou o Cariri no início dos anos 2000 com uma série de crimes violentos, incluindo homicídios, estupros e mutilações.

Condenado a 150 anos por assassinatos e estupros no Ceará pode ir para regime semiaberto
Foto: Reprodução

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Conforme o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), o benefício foi inicialmente negado em 2024, mas ou a ser considerado após a realização de um exame criminológico com resultado favorável. Agora, o processo aguarda diligências para que o condenado por assassinatos e estupros tenha o direito ao regime semiaberto analisado. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que inicialmente se opôs à mudança, ou a defender a progressão com base no laudo psicológico.

Preso desde maio de 2002, ainda antes das primeiras condenações, Rolim sempre esteve no regime fechado. A defesa sustenta que ele nunca teve direito a saídas temporárias e que já cumpriu o tempo legal para avançar no processo de ressocialização.

A advogada Daniela Mendes dos Santos defende que o semiaberto seja cumprido na região do Cariri, onde ele tem família e e emocional, mesmo que o regime precise ser monitorado por tornozeleira eletrônica, por falta de estrutura prisional adequada na região.

Já a Justiça considera a possibilidade de transferi-lo para Fortaleza, onde há unidades próprias para o regime semiaberto tradicional, no qual o detento pode sair para trabalhar ou estudar durante o dia, retornando à prisão à noite.

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Crimes atribuídos a Rolim e ao grupo

Segundo as investigações, o “Escritório do Crime” atuava com cerca de 30 integrantes e envolvia-se em assaltos, execuções encomendadas e violência sexual. A maioria das vítimas era mulher. A polícia apontou que algumas foram mortas por “queima de arquivo”, enquanto outras tiveram os crimes motivados por razões pessoais. Há relatos de vítimas mutiladas e até queimadas vivas.

Entre as vítimas associadas diretamente a Sérgio Rolim, estão:

Ana Amélia Pereira de Alencar – assassinada em Juazeiro do Norte; condenado a 24 anos (2005)

Ricardo Guilhermino dos Santos – morto em Crato; condenado a 18 anos e 8 meses (2005)

Edilene Maria Pinto Esteves – assassinada em Barbalha; condenado a 28 anos (2006)

Telma de Sousa Lima – morta em Brejo Santo; condenado a 21 anos e 4 meses (2008)

Maria Aparecida Pereira da Silva e Vaneska Maria da Silva – mortas em Missão Velha; condenado a 32 anos e 6 meses (2022)

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Além dos homicídios, Rolim também foi condenado por dois estupros, com penas de 12 e 14 anos, julgados entre 2004 e 2005.

Os crimes ocorreram em diversas cidades do interior sul do Ceará, como Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Missão Velha, Brejo Santo e Araripe, todas na região do Cariri. A brutalidade das ações causou comoção pública à época e o caso é lembrado como um dos mais emblemáticos do estado envolvendo crimes em série.

A decisão final depende agora do cumprimento de diligências processuais e da definição do local onde o condenado cumprirá o semiaberto.

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